Quando tenho que ir no trole, só no molejo do fole,
Atraco de cara num gole da branca do bolicheiro
Pra segurar na pianada e vara a madrugada
Tem que ser de cola atada neste jeitão missioneiro.
Já toquei mais de três dias sem folgar na baixaria
Com alça veia em tira, mas provei, tirei de letra
Pois quando abraço esta gaita se arrepia as sirigaitas
E o mundo vê quem é o taita neste cancheio porreta.
Sou gaiteiro de entrevero acostumado a candieiro
E faço rasgar o baixeiro numa bailanta cuiúda -
Se eu lasco meu chacoalhado não fica ninguém sentado,
Pois até surdo embotado escuta nota graúda.
Me acostumei no floreio pra fermentar o sarandeio
E formigar em rodeio numa bailanta baguala
Para mim é coisa comum requentar um varifum
E enquanto tiver zum-zum não pára a gaita na sala.
Assim tempero esta lida gaiteando minh p´rpria vida
Porque esta gente querida precisa sacolejar
Enquanto eu tiver saúde e agüentar o dedo nogrude
De um choro faço um açude nos xixos que eu tocar.
Vivente valentão, destemido e guapo.
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Xergão (1º apero que se coloca no lombo puro do animal).
Reunião para cuido, que se faz do gado.