Tô de cara amarrada contigo
Tu nem sabes o quanto chorei
Tu chegas-tes com cara de amigo
Te dei meu abrigo e com paixão te amei
Não pensava que fosse traiçoeiro
O carinho que davas a mim
Quando deito no meu travesseiro
Que sinto teu cheiro te digo assim
Meu coração foi pealado no laço do amor
Quatro patas maneadas a jeito
Deixou o meu peito chorando de dor
Me largaste solita no rancho
Como coisa de cachorro magro
Satisfeito do que já queria
Te foste à la cria buscando outro afago
E a traição de um amor caborteiro
Esta china não pode esquecer
Mesmo que tu me digas agora
Que sofres e choras sem meu bem-querer.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Animal manhoso e infiel, velhaco.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).